terça-feira, 10 de maio de 2011

Hemofilia e Exercício Físico

Hemofilia e Exercício Físico

gravidez-escalada

Por Prof. Wagner Silva Dantas
A hemofilia é um distúrbio congênito da coagulação do sangue. A hemofilia denominada A, é quando a coagulação do sangue falha por falta do fator de coagulação VIII. A hemofilia é chamada de B, quando falta o fator de coagulação IX. A hemofilia pode ser grave, leve ou moderada. Cerca de 50% dos pacientes têm a doença grave ou moderada, necessitando de tratamento para hemorragias graves cujas ocorrências vão desde várias vezes ao mês, até poucas vezes ao ano. Mais de 50% dos hemofílicos, segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, estão abaixo dos 20 anos de idade. A hemofilia grave se torna presente nos primeiros anos de vida, quando a criança começa a se movimentar sozinha, época em que podem ocorrer hemorragias nas articulações, principalmente naquelas que suportam peso (quadris, joelhos e tornozelos).
Os principais sintomas da doença são dor intensa nas articulações, hematomas e sangramento nos músculos, nas articulações e nos órgãos vitais. Esses sangramentos causam dores do tipo reumática como, artrose ou osteoartrose. O tratamento de pacientes com hemofilia e de pacientes com outras deficiências de fatores da coagulação baseia-se na terapia de reposição (substituição do fator de coagulação que está faltando). Em pacientes com distúrbios hemorrágicos, os exercícios são fundamentais para a saúde das articulações e dos músculos para a sua reabilitação, além de ajudar a prevenir novas hemorragias.
O exercício é vital para uma boa saúde, não sendo diferente nos pacientes com hemofilia. Considerado um aliado no tratamento da doença, o exercício regular é essencial para manter um estilo de vida saudável para crianças e adultos hemofílicos. Em países desenvolvidos, a terapia física já é considerada parte essencial do tratamento da hemofilia. J.van der Net e colaboradores, pediatras da Universidade de Utrecht, Holanda comparam 13 crianças com hemofilia tipo A, grave com 13 crianças da mesma idade, para verificar se tem os mesmos parâmetros de captação de oxigênio (pico de VO2), fôlego, força muscular, saúde das articulações e músculos. Os autores na realidade queriam testar se esses exercícios do teste poderiam causar algum sangramento, o que efetivamente ocorrerem com uma criança que teve leve sangramento. Os autores concluíram que a prática de exercícios regulares pelos hemofílicos na Holanda, permitem compará-los as crianças da mesma idade normais, conferindo alta qualidade de vida.
 Fonte :: Haemophilia 2006 Sep;12(5):494-9

Nenhum comentário:

Postar um comentário